Faz tempo que ando a escrever contra a forma acomodada de o Presidente Pinto da Costa gerir o FCPorto nos últimos anos. Digo acomodada, mas podia calmamente dizer amedrontada se comparasse o seu estilo proactivo de governar o clube há uns anos atrás, quer no que concerne a sua defesa, quer a do clube. O mesmo se aplicava à competência como organizava a estrutura directiva, e a composição de plantéis, e treinadores. Nesse abençoado tempo tornou-se numa verdadeira referência para a grande maioria dos adeptos, entre os quais eu me incluía. Referência tal, que nem a recente reviravolta para trás das suas qualidades o impediu de vencer as últimas eleições. A idade já é avançada, e o homem já não é o mesmo. Isto compreende-se, mas com muita dificuldade, quando começamos a perceber que esse homem de coragem deixou de pensar no clube, para pensar mais em si. Não era esta a sua ordem de prioridades do seu tempo vitorioso. Agora tornou-se num simples espectador.
Podemos reconhecer que apesar da idade avançada, poucos recursos e consequente alteração comportamental, ainda "conseguiu" ganhar uns campeonatos e taças a nível nacional. Portanto, pode parecer injusto considerar Pinto da Costa "finito", mas não é bem assim. O problema é que não podemos avaliar as dificuldades do FCPorto baseados nestas considerações. Não é só a idade nem as suas consequências que tornam Pinto da Costa um líder em fim de prazo, é sobretudo a sua incapacidade para combater o principal inimigo do FCPorto e dos portuenses/portistas: o regime centralista e anti-democrático em que hoje vivemos e as suas consequencias criminosas. O FCPorto já está atrasado a reclamar justiça.
As queixas legítimas de Francisco J. Marques de nada adiantam se não forem notificadas directamente ao Presidente da República e 1º. Ministro seguidas de um protesto de retaliação correspondente ao desleixo dos referidos "estadistas". Se nos descriminam, não merecem o nossos respeito. Será necessário recordar a estes dois demagogos que o respeito não se promove pelo cargo, mas sim pela sua honorabilidade, e que é preciso fazer muito mais do que ser alguém que na realidade não a promove. Ambos sabem que continuamos a ser altamente prejudicados e não é só no futebol, é em TUDO!
É preciso que ouçam a nossa voz, para não pensarem que andámos todos a dormir. E mais: é preciso que saibam que nós não confundimos uma falsa democracia, com uma democracia respeitável, que não viola a democracia com referendos e descentralizações ridículas e falsárias.
Viva a REGIONALIZAÇÂO! Abaixo o centralismo! Centralismo é igual a salazarismo. Se a regionalização não se concretizar, nunca mais votem nesta canalhada.
Nós não queremos promessas, queremos actos, competência e honestidade!
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