03 julho 2009

Pedreira da Trindade na mão dos credores


À ATENÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO E SUAS EMPRESAS

Como ainda não está online o semanário Grande Porto não é possível estabelecer links da notícia, por isso limito-me a fazer um pequeno comentário à falência do Shopping Trindade Domus Gallery [na antiga pedreira da Trindade], à qual só escaparam um supermercado (por sinal bom), uma cafetaria e uma loja de artigos para cabeleireiro.
Insisto que, até prova em contrário, toda e qualquer iniciativa com vista a dinamizar a vida e a economia do centro histórico do Porto, nunca terá o sucesso esperado sem uma grande e séria requalificação da urbanização residencial. Nem sequer me atrêvo, por respeito a mim próprio e por muita gente que pensa como eu, a chamar requalificação urbana aos biscates avulsos e mal acabados que com dificuldade se podem ver, e o que se vê em muito edifícios com sinais de estarem a ser recuperados, são os painéis de publicidade à Câmara, sem ninguém lá dentro a trabalhar... Eu não compraria [a não ser para especular], uma casa recuperada da Baixa para residir se tivesse ao lado todas as outras a caírem de podres, ainda por cima, sem lugar de garagem, maus acabamentos e a preços portugueses, ou seja, especulativos.
Por esta razão, considero que a ideia de ali instalar uma Loja do Cidadão parece-me a mais viável e de maior utilidade pública, tanto devido à localização, como às características [Dimensão] do edifício. Plantar Shoppings, Hotéis de Luxo, numa zona residencial deserta, pobre e envelhecida, é colocar a oferta de produtos e serviços sem ponderar no mercado que são as pessoas. Se não se acelerar o ritmo, aumentar a área e atender à qualidade da recuperação urbana, todo este tipo de projectos megalómanos não passarão de actos irresponsáveis de gestão do Estado. Não se surpreendam portanto, se daqui a alguns meses outros projectos com características idênticas à do Trindade Domus Gallery tenham o mesmo fim.

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