23 abril 2010

Reabiltação urbana ao gosto de cada um

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Vale a pena ler este artigo de opinião plasmado no semanário Grande Porto de hoje. O assinante é o advogado Luís Miguel Novais. Todo o artigo é uma completa contradição.

Senão veja-se. Em determinado ponto do texto o autor escreve o seguinte: «Devo dizer que não sou favorável a qualquer tipo de intervenção pública que imponha aos proprietários expropriações ou ocupações dos prédios». 

Porém, anteriormente, no 3º e 4ºs parágrafos escrevia isto: «Se o proprietário é particular, pede um preço digno do metro quadrado de Londres ou Nova Iorque;», e «Se o proprietário é Banco ou Seguradora, o prédio está registado no imobilizado do respectivo balanço a preços totalmente desfasados da realidade. Deste modo quando vai para vender, a administração da sociedade proprietária pede preços consentâneos. Que ninguém no seu perfeito juízo lhe dá».

Em que é que ficamos, afinal? Para este senhor advogado, a solução é simples: faz-se uma operação de cosmética, exigindo da Câmara a imposição aos proprietários da limpeza das fachadas por motivos de compressão do direito no que tange à via pública (sic). 

Em bom português, chama-se a isto salvar as aparências deixando tudo na mesma, que em terminologia doméstica significa: esconder o lixo debaixo do tapete. Depois é só ficar a aguardar por melhores dias [como escreve o autor], que é como quem diz, esperar que o lixo se transforme em ouro [ou petróleo]...

Há momentos em que ganharíamos mais se estivéssemos calados. É o caso.


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